14.9.04

O Templo do Corvo

6º dia da Fênix, ano de 998 da Terceira Era.

Após um breve descanso, Derek, Mescalina, Asset, Elivan, Fedaynn, Gaspar e Target (o mercenário cuja vida Asset poupou) chegam às ruí­nas da vila Narn na madrugada do dia seguinte.

Mas assim que põem os pés lá, há um grande tremor, e irrompe do chão uma gigantesca construção em forma de Zigurate, de paredes azul escuras e feitas de um material desconhecido, do tamanho da vila inteira, destruindo o pouco que restava dela.

Temeroso, o grupo envia Derek, Fedaynn e Gaspar na frente, mas à aproximação deles, surge um gigantesco esqueleto humano, precisamente igual ao que Mescalina havia presenciado em seu sonho. Atacados por ele, os 3 fogem em direções diversas: Derek recua, Gaspar desvia-se por baixo do monstro, e Fedaynn corre por fora rumo à construção. Lá dentro, este último encontra algo semelhante a uma cabine, de 4 metros por 4, com um altar e uma esfera azulada em cima. Ao avistá-la, Fedaynn sente-se irresistivelmente atraí­do, e coloca a mão por sobre ela, o que faz com que ela descenda por dentro da estrutura, como num elevador.

Enquanto isso, Asset, Target e Mescalina partem para socorrer seus aliados, enquanto Elivan toma conta dos pertences na carruagem e dos cavalos. O primeiro logo percebe que pode causar grandes estragos na estrutura óssea da criatura com sua enorme marreta, mas é um dos dardos de Gaspar que, atingindo-a no pescoço, faz com que tombe e se desmantele em pedaços.

Após a batalha eles adentram o lugar, não vendo nenhum sinal de Fedaynn. Gaspar toca a esfera azulada, mas nada acontece. Asset investiga a câmara, encontrando material diferente no teto, que julga ser um pedaço móvel de pedra, mas não consegue imaginar como movê-lo.

Sem muita opção, eles decidem permanecer ali até amanhecer.

Enquanto isso, dentro do Templo - era o que a coisa parecia - Fedaynn depara-se com um corredor norte e outro sul, vindo a seguir pelo último. Neste, encontra 2 portas, uma a esquerda, outra à direita. Ouvindo pela primeira, escuta sons de muitas pessoas presentes e batalha, então opta pela segunda. Lá, depara-se com Jaú e o Estranho.

Após breves desentendimentos e esclarecimentos, os 3 decidem seguir juntos. Jaú explica que as vozes que Fedaynn ouviu deviam ser dos membros da Ordem da Luz que os seguiram até ali dentro um dia antes. Havia uma porta no estranhamente pequeno aposento onde haviam se refugiado, mas não ousaram abri-la até agora, pois foram feridos durante a fuga e não sabiam o que os aguardava do outro lado.

Fedaynn, porém, decide abrir a porta. Lá dentro, havia um salão de tamanho médio, em cujo centro, fitando a porta, ficava uma grande estátua de um corvo, apoiada por uma estrutura de pedra. Na parede leste havia outra porta, e na norte, escrituras em uma lí­ngua desconhecida. Usando de seu poder mí­stico, Fedaynn pôde compreender o que lá estava escrito:

"É necessário descer aos poços mais fundos, mas é no topo que se encontra o triunfo."

E mais embaixo:

"Aquele que demonstrar a virtude do Corvo será valoroso."

- As 12 Virtudes: Herdadas dos primórdios da civilização, são o conjunto de qualidades que tornam os mortais mais felizes e próximos ao deuses, e tanto caóticos quanto ordeiros procuram alcançá-las, alegando que seus respectivos modos de vida são o caminho para tal. São Maat (Entendimento), Me (Compreensão), Ân (Paixão), Ká (Força), Mail (Sabedoria), Ao (Amor), Ha (Equilíbrio), Hë (sem tradução exata, aproxima-se de nossa idéia de esperteza), Mir (Verdade), Kôn (União), Tera (também sem tradução, vem da idéia de revelação, da capacidade de ver além do mundano, podendo ser entendida como "Transcendência"), Zynn (Integridade).

- O Corvo: Esta ave é uma das constelações zodiacais de Haradrynn, sendo frequentemente associada à 5ª Virtude, Mail (Sabedoria), e tradicionalmente oposta ao Dragão.

Empurrando a estátua, descobriu um depósito secreto onde havia algumas valiosas moedas de platina, mas também ouviu um som estranho vindo da sala ao lado. Atravessando a porta, Jaú e o Estranho encontraram um salão bem mais amplo, em cujas paredes penduravam-se várias estátuas menores, semelhantes as da sala anterior. Mas assim que Fedaynn entrou, a casca dourada delas rompeu-se e as estátuas animaram-se como se fossem aves de verdade, atacando o trio com selvageria incomum. Defendendo-se como podiam, eles conseguiram aniquilar todas as 10 criaturas, mas não sairam incólumes da luta, decidindo, por isso, permanecer ali até todas suas feridas melhorarem - e com sorte, todos os membros da Ordem serem vitimados por outros perigos semelhantes.