16.3.05

Os Doze Heróis

O 18º Dia da Fênix, do 998º Ano da 3ª Era.

Ainda durante a viagem, Himme pergunta a Gaspar quem eram, afinal, os 12 heróis de quem falava, e que Ethos tinha liderado. Os outros aventureiros mostram-se surpresos por ele não saber, visto ser uma lenda conhecida, e prontamente o explicam.

Os Doze Heróis Lendários: comuns a todas as terras de Heshna, apesar das muitas pequenas diferenças, as histórias a respeito do fim da 1ª Era giram em torno de um grupo de 12 aventureiros que, arregimentados por Ethos Telarod, e tendo recebido cada um, um dos 12 artefatos mais poderosos do Império, organizaram a resistência aos dragões. Muito embora os motivos da vinda dos mesmos varie de acordo com quem conta, seus nomes, características, ordem em que são nomeados e os artefatos que portavam permanecem curiosamente semelhantes por todos os reinos.

- Elhorand, tido como maior entre todos os bruxos, chamado de Arquimago. Disputa-se sobre se seu artefato seria uma varinha, bastão ou cajado.
- Katrina, uma sacerdotisa, em muitas versões rebela-se contra sua fé. Portava o Livro dos Segredos Infinitos.
- Yeda, feiticeira, vinda do oeste, esposa de Darlis e amor de Ethos. Usava o Bastão do Encanto.
- Labarus, cuja força física era lendária, amigo dos ursos, usava os Braceletes do Poder.
- Adon, um herbalista do extremo sul, portador do Cajado do Andarilho (ou do Pensador, para alguns).
- Erika (Eris, ou Erin), sobrevivente dos povos do deserto, de tiro certeiro, armada com o terrível Arco dos Assassinos.
- Valina (Valkar), do norte, uma espadachim que passou a vida procurando o lugar de seu nascimento (seu lar) e morreu pouco após vê-lo destruído, que era protegida pela Armadura da Vitória.
- Darlis, cujo nome significa mata-dragões, amigo de Ethos e marido de Yeda, usava a Adaga da Destruição.
- Lyun, eremita do leste, cujo espírito sereno não podia ser quebrado, com punhos rápidos como o relâmpago, vestido sempre com o Manto Lunar.
- Ethos, que a todos reunira, maior e mais desgraçado dos heróis, armado com a Lâmina Solar.
- Mythotin, o busca-dragões, vidente e líder de homens, que carregava a Espada do Fim dos Tempos (nota: em Illwar, a letra final do alfabeto, Tera, é também o ideograma para final e, curiosamente, da 11ª - mas não da última - virtude).
- Kardios, contador de histórias, companheiro de Ethos, único dos heróis que não possui uma lenda própria acerca de sua origem. Levava consigo a Jóia do Mundo.


Seguindo-se a isso, Gaspar canta a Sinowit Sinarae (Guerra do Alvorecer no dialeto Hobbit), uma versão da Primeira Batalha dos doze heróis, que teria ocorrido onde hoje é Veridia, sua terra natal, pela qual os hobbits têm muito apreço, talvez por envolver em grande parte um plano ousado da parte de Darlis, que usa a si mesmo como isca para isolar os líderes dragões na floresta, permitindo a Erika atingi-los com setas envenenadas de Adon, e que Ethos confrontasse seu líder - Lenadar das florestas, de escamas esverdeadas - em combate singular, matando-o. Gaspar mostra-se particularmente entusiasmado ao cantar as partes em que Darlis insulta as feras - possivelmente porque aquela era uma parte aberta ao improviso.

O canto termina pouco antes do grupo avistar a cidade de Dinar.