20.9.04

A Primeira Tábua

9° Dia da Fênix, 998° ano da Terceira Era.

Ao acordar, o grupo ativa o elevador, que desta vez sobe, passando do primeiro subsolo, do térreo, e indo passar pela porta feita de pedra menos resistente no teto (aquela que Asset havia percebido quando chegou ao templo pela primeira vez), que agora se abria lentamente.

(com Asset morto, Target torna-se um personagem-jogador sob controle de Rafael Raposo)

Os heróis encontram-se então no que seria adequadamente descrito como uma câmara mortuária, nos mesmos moldes do restante do templo, com 3 sarcófagos (ao norte, leste e oeste) entre-abertos, estando a frente deles, no sul, recostada sobre um altar, uma tábua de pedra. Por meio de um feitiço de detecção de magia, Fedaynn logo sente as tremendas energias místicas contidas na pedra, mas antes que ele possa fazer alguma coisa, 3 homens levantam-se dos caixões. Da esquerda, surge um senhor moreno com uma expressão dura, usando uma loriga segmentada, portando uma maça e um símbolo sagrado desconhecido na outra. Da direita, um jovem trajando uma cota de malha, com uma expressão serena e longos cabelos loiros, arma um arco composto. E do norte, um homem alto e forte, também com uma loriga, e gestos determinados, saca uma espada. Todos eles trazem no peito o emblema do Império Narn.

Alguns dos heróis tentam dialogar, mas antes que possam fazer muito, um par de flechas deixa o arco do homem à direita. Alguns buscam abrigo, Target parte para o confronto direto com o cavaleiro de espada, vindo o último a deixar sua superioridade clara mesmo nos primeiros golpes; Elivan troca tiros com o rapaz de cabelos longos, e Fedaynn descobre, desamparado, que sua magia é ineficaz contra o senhor a esquerda - que por sua vez invocara uma prece para proteger a si e seus companheiros. Tudo indica o princípio de uma luta dificílima, quando, com a voz semelhante a um trovão, Mescalina ordena aos homens que abaixem as armas e, para espanto geral, eles obedecem, reunindo-se a frente dela e depositando suas armas.

O cavaleiro lança então um olhar muito profundo para Mescalina, e num instante a história dos 3 se desenrola perante seus olhos: seu nome era Flavius Antonius, e ele e seus companheiros eram Pretores de Narn no auge do Império, enviados para investigar a resistência dos Monoteístas da região, e os rumores de que o profeta, Johann, ainda vivia (cerca de 1.500 anos antes). Ao encontrar o profeta, este, claramente enlouquecido, os confiou aquela tábua, que, dizia, não podia de maneira alguma cair nas mãos do "inimigo". Este, tudo levava a crer que era um homem de barba ruiva e armadura escarlate, que sozinho tinha devastado todo uma unidade Narn sem levar um arranhão. Ao fugir dele, os três encontraram o templo, que submergiu logo que eles entraram; lá dentro lhes foi revelado que eles tinham sido eleitos protetores da tábua, e um poder que só podiam considerar como divino os manteve numa pós-vida, até que alguém digno viesse clamar a tábua.

Os corpos dos 3 desfizeram-se em pó logo depois disso, e os heróis descobriram que as armas e armaduras que carregavam eram de ótima qualidade, distribuindo-as entre si. Porém, estranhamente, ninguém além de Fedaynn pôde levantar a tábua.

Voltando ao elevador, o grupo regressou ao térreo, deixando o templo, que em seguida submergiu novamente, prendendo Derek e Elivan no processo. O grupo perde algumas horas tentando fazer com que o templo ressurja, em vão, e acabam partindo sem os dois. Ao entardecer, chegaram à porta de Prägh; era hora de encontrar o misterioso contratante e dar-lhe sua parte do tesouro. Mas todos concordaram que, fosse a tábua o que fosse, não seria sábio entregá-la a ninguém. Assim, enterraram-na na beira da estrada, e dirigiram-se para a casa do homem - um comerciante abastado, mas aparentemente medíocre, de nome Wenxin. Ele pareceu bastante decepcionado com o resultado da expedição, mas escolheu alguns artefatos e peças antigas, dispensando em seguida os aventureiros. Estes vão então repousar na taverna, à exceção de Gaspar, que como de costume, dorme ao relento, em uma árvore qualquer da praça.