28.3.05

Chegada à Dinar

O 18º Dia do Mês da Fênix, do 998º ano da Terceira Era.

O grupo chega a Dinar à noite.

- Dinar: Pequena cidade a norte do feudo de Prägh, atravessa os rios Rina e Petra, sendo sede do Baronato do mesmo nome. Dinar era posto avançado dos reinos de Diercht, Fenaber e Vaierna durante as cruzadas, mas também muito procurada pelos mercenários bárbaros do norte, que viajavam em busca de trabalho, e era anteriormente ocupada pelos Nissanianos. É, portanto, foco de intensa miscigenação, contando com um relevante contigente de caóticos, orcs, bárbaros, e nissanianos, mas também com uma nova nobreza muito rica e disposta a mostrar serviço em sua missão "civilizatória". Dinar manteve a expansão inicial e continua a crescer por ser a porta de entrada da estrada Perido, que leva a Vaierna e, eventualmente, a Diërcht. As construções da área abastada são excessivamente ostensivas, com o castelo, a Igreja e o Distrito Policial ofuscando so demais, bem afastadas da zona pobre, onde residem principalmente mercenários, comerciantes e uns poucos artesãos, além de alguns vassalos de terras próximas. Devido ao grande fluxo de viajantes, há mais de uma taverna em ambos os setores.

Os heróis alojam-se numa estalagem no limite da parte pobre da cidade, pouco desejosos de chamarem atenção. Target, bebendo no balcão, fica amigo de um meio-orc imenso chamado Kurt, que se diz um homem culto e procura a todo momento demonstrar sua capacidade de leitura - coisa que, na verdade, não possui. Também chamam atenção alguns homems de capas esverdeadas, que Fedaynn eventualmente identifica como druidas. Em conversa com eles o feiticeiro demonstra razoáveis conhecimentos de seus ritos e tradições, prometendo vê-los novamente caso chegassem à Floresta Negra. Enquanto Himme compra provisões com o taverneiro, Fedaynn, Gaspar e Mescalina buscam colher informações dos ocupantes das mesas, vindo a descobrir que o Barão Dinar está esperando ansiosamente por um agente importante da Ordem da Luz. O hobbit, mais eloquente, fica também conhecendo Aldebaran, de quem conquista simpatia.

- Aldebaran (Felipe Ecosteguy): humano, bárbaro, 20 anos, cerca de dois metros de altura e 115 quilos. Um exótico e gigantesco misto de etnias, Aldebaran foi o fruto da união conflituosa de um aventureiro das tribos bárbaras ao norte de Fraigorn, e a filha de um nobre de Mauling, como sua curiosa fisionomia atesta: os olhos e feições levemente orientais são contrastados pela pele, olhos e cabelos ligeiramente claros. Entusiasmado e amigável, Aldebaran tem ânsia de amigos, aventura, e combate.

Sabendo das intenções do Barão, Mescalina, Target e Fedaynn decidem que seria proveitoso encontrá-lo. Ela usa de seus dons divinos para alterar de forma e disfarçar-se como um reles soldado, e Fedaynn simplesmente veste-se com o manto de um dos membros da Ordem da Luz para acompanhá-lo.

O Barão, Filiardis Dinar, é um homem imponente de meia idade, que veste-se muito luxuosamente, e ri de orelha a orelha ao verem confirmados os boatos sobre a vinda de Target. Recebe de bom grado os três para jantar, acompanhado de suas outras visitas: sua sobrinha, Cláudia, o chefe da guarda, Ibsen, e Lionne, a quem ele apresenta como membro da Ordem dos Paladinos. Esta desde o princípio encara Mescalina de forma suspeita, apesar do disfarce, e é pouco amistosa; o Barão, descontraído, alega que ela está ali numa missão divina, sobre a qual nada revela. Fica razoavelmente evidente também que há qualquer espécie de conflito entre o Barão e Ibsen.

Finda a refeição, os 3 retornam para a taverna, onde os demais já haviam providenciado alojamento apropriado.

16.3.05

Os Doze Heróis

O 18º Dia da Fênix, do 998º Ano da 3ª Era.

Ainda durante a viagem, Himme pergunta a Gaspar quem eram, afinal, os 12 heróis de quem falava, e que Ethos tinha liderado. Os outros aventureiros mostram-se surpresos por ele não saber, visto ser uma lenda conhecida, e prontamente o explicam.

Os Doze Heróis Lendários: comuns a todas as terras de Heshna, apesar das muitas pequenas diferenças, as histórias a respeito do fim da 1ª Era giram em torno de um grupo de 12 aventureiros que, arregimentados por Ethos Telarod, e tendo recebido cada um, um dos 12 artefatos mais poderosos do Império, organizaram a resistência aos dragões. Muito embora os motivos da vinda dos mesmos varie de acordo com quem conta, seus nomes, características, ordem em que são nomeados e os artefatos que portavam permanecem curiosamente semelhantes por todos os reinos.

- Elhorand, tido como maior entre todos os bruxos, chamado de Arquimago. Disputa-se sobre se seu artefato seria uma varinha, bastão ou cajado.
- Katrina, uma sacerdotisa, em muitas versões rebela-se contra sua fé. Portava o Livro dos Segredos Infinitos.
- Yeda, feiticeira, vinda do oeste, esposa de Darlis e amor de Ethos. Usava o Bastão do Encanto.
- Labarus, cuja força física era lendária, amigo dos ursos, usava os Braceletes do Poder.
- Adon, um herbalista do extremo sul, portador do Cajado do Andarilho (ou do Pensador, para alguns).
- Erika (Eris, ou Erin), sobrevivente dos povos do deserto, de tiro certeiro, armada com o terrível Arco dos Assassinos.
- Valina (Valkar), do norte, uma espadachim que passou a vida procurando o lugar de seu nascimento (seu lar) e morreu pouco após vê-lo destruído, que era protegida pela Armadura da Vitória.
- Darlis, cujo nome significa mata-dragões, amigo de Ethos e marido de Yeda, usava a Adaga da Destruição.
- Lyun, eremita do leste, cujo espírito sereno não podia ser quebrado, com punhos rápidos como o relâmpago, vestido sempre com o Manto Lunar.
- Ethos, que a todos reunira, maior e mais desgraçado dos heróis, armado com a Lâmina Solar.
- Mythotin, o busca-dragões, vidente e líder de homens, que carregava a Espada do Fim dos Tempos (nota: em Illwar, a letra final do alfabeto, Tera, é também o ideograma para final e, curiosamente, da 11ª - mas não da última - virtude).
- Kardios, contador de histórias, companheiro de Ethos, único dos heróis que não possui uma lenda própria acerca de sua origem. Levava consigo a Jóia do Mundo.


Seguindo-se a isso, Gaspar canta a Sinowit Sinarae (Guerra do Alvorecer no dialeto Hobbit), uma versão da Primeira Batalha dos doze heróis, que teria ocorrido onde hoje é Veridia, sua terra natal, pela qual os hobbits têm muito apreço, talvez por envolver em grande parte um plano ousado da parte de Darlis, que usa a si mesmo como isca para isolar os líderes dragões na floresta, permitindo a Erika atingi-los com setas envenenadas de Adon, e que Ethos confrontasse seu líder - Lenadar das florestas, de escamas esverdeadas - em combate singular, matando-o. Gaspar mostra-se particularmente entusiasmado ao cantar as partes em que Darlis insulta as feras - possivelmente porque aquela era uma parte aberta ao improviso.

O canto termina pouco antes do grupo avistar a cidade de Dinar.